25 janeiro 2007

Filho de um Deus

Já todos pensaram ser a personagem principal deste mundo. Alguns de nós ainda o pensam. É sabido que a certa altura do desenvolvimento a criança julga-se especial a ponto de não conceder aos outros uma existência separada da sua. No seu pequeno entender, os outros existem apenas quando estão perto dela própria. Assim que a criança volta costas às outras pessoas elas são certamente arrumadas no armário das marionetas por esse grande mestre titereiro. É uma das primeiras noções da existência de um deus, talvez mesmo a primeira que é separada da imagem de seus pais. Esta fantasia surge a todos nós, de forma mais ou menos elaborada, perto da segunda infância. João começou a pensar nisso aos seis anos. Mas no caso dele é diferente. No caso dele era verdade. Tinha-lhe sido dito.
Agora que já leram isto voltem para o vosso armário.

4 comentários:

bone daddy disse...

LOL!!!!! Muito bom!!! Desenvolve!

Miss Kin disse...

Desculpa lá dizer-te, mas eu sou a personagem principal do meu mundo, tu só apareces de passagem, quando te visito aqui, ou quando me visitas lá no meu canto e isto de morarmos na mesma cidade só faz de ti mais perto do epicentro. lol

:oP

eu mesma disse...

Se eu volto para o armário que será feito de ti e dos que me rodeiam???

Rivera disse...

Então mas as pessoas não desaparecem quando não estão connosco?!?!

Oh não! Arruinaste toda a minha existência :)