25 janeiro 2007

Filho de um Deus

Já todos pensaram ser a personagem principal deste mundo. Alguns de nós ainda o pensam. É sabido que a certa altura do desenvolvimento a criança julga-se especial a ponto de não conceder aos outros uma existência separada da sua. No seu pequeno entender, os outros existem apenas quando estão perto dela própria. Assim que a criança volta costas às outras pessoas elas são certamente arrumadas no armário das marionetas por esse grande mestre titereiro. É uma das primeiras noções da existência de um deus, talvez mesmo a primeira que é separada da imagem de seus pais. Esta fantasia surge a todos nós, de forma mais ou menos elaborada, perto da segunda infância. João começou a pensar nisso aos seis anos. Mas no caso dele é diferente. No caso dele era verdade. Tinha-lhe sido dito.
Agora que já leram isto voltem para o vosso armário.

6 comentários:

bone daddy disse...

LOL!!!!! Muito bom!!! Desenvolve!

MN disse...

Eu sou a personagem principal deste mundo. Tudo o que eu não vi, li ou ouvi não existe. Provem-me o contrário (a partir do momento que me digam algo que eu não vi, isso passa a existir - vá, tentem!). Todos vós foram criados pela minha imaginação. Tudo o que possam dizer contra isto não é mais do que a minha mente a criar cenários interessantes para eu não morrer de tédio.

Pronto, lamento desiludir-vos, mas vós não existeis.

Miss Kin disse...

Desculpa lá dizer-te, mas eu sou a personagem principal do meu mundo, tu só apareces de passagem, quando te visito aqui, ou quando me visitas lá no meu canto e isto de morarmos na mesma cidade só faz de ti mais perto do epicentro. lol

:oP

eu mesma disse...

Se eu volto para o armário que será feito de ti e dos que me rodeiam???

Rivera disse...

Então mas as pessoas não desaparecem quando não estão connosco?!?!

Oh não! Arruinaste toda a minha existência :)

MN disse...

Lá estão vcs, produto da minha criação, a colorirem a minha existência. E o trabalho a que se deram neste momento, já que durante o fim de semana não vim cá. Ou seja, e apesar das datas e horas dos vossos comentários, apenas saltaram à vida no momento em que me lembrei de por cá passar. Pronto, regressem lá ao vosso torpor dentro do meu cérebro, que hoje tenho muito trabalho. Como diz o pensamento budista, "se uma árvore cai numa distante floresta e ninguém está lá para a ouvir, ela faz algum som?"

Pronto, com esta me vou. Bom dia a todos! :D